Só me resta escrever... Carta de um Borderline

Não sei mais o que esta se tornando esse blog, a cada postagem diferente me faz pensar até que ponto cheguei... Nem vontade de redigir um texto eu tenho, às vezes são apenas um monte de besteiras, feitas por aquele momento impaciente, de raiva, angustia, mas que me faz pensar. Nos momentos tristes que tenho inspiração.

Deveria estar feliz com essa situação, mas saber que a única coisa que sou bom surge apenas nos momentos de fraqueza, é patético! Procuro saber em que momento estou vivendo, confesso que não consigo pensar no amanhã, em o que fazer não me resta nenhum sonho. Antes eu tinha projetos, os procurava, corria atrás, cada dia me inspirava a realizar um novo sonho, me colocava no alto, e vivia me sugerindo um novo hoje.

Já fiz os meus cortes por hoje, aquela sensação me leva ao prazer, e nela se perde a dor... Mas como tudo que é bom dura pouco, a realidade aparece, e vejo que não existe nada, de repente olho para as marcas, e sinto que ainda estou vivo.

Fiquei horas na frente do computador, na penteadeira fiquei observando meu celular, esperando algum sinal de vida, implorando para ser lembrado, nenhum torpedo, nenhuma ligação... Nas redes sociais, é pura fantasia, falo, falo, e continuo falando, e no final, não falo mais nada, apenas desligo o computador e vou me entreter com outro tipo de mídia.

É relativo, às vezes sou protagonista de eventos notórios, dispenso todo tipo de argumento, os vizinhos da rua já me olham de uma forma torta, andam querendo me ajudar, lembrando... São poucos! Mas ai vem palavras e palavras, passam no meu ouvido e se perdem nas paredes. Ainda espero a palavra certa para se ouvir.

Por muitas vezes tento entender o porquê de tanto ódio que sinto, mas não consigo entender porque existe ódio, até me acho o rancor em pessoa, mas não sou eu que afirmo isso, fui promovido pelas pessoas.

Ontem à noite, jurei na frente do espelho que iria mudar, prometi a mim mesmo, que a ultima sentença seria determinada por mim, mas esse dia se esquivou, e forçadamente me submeteu a escrever isso. Relativamente estou infeliz, mas não sei se é isso que estou vivendo.

                Às vezes acho que estou apaixonado, mas também há momentos que o odeio, ou devo odiala, ou entender dos quais lados me adapto melhor... Concluindo, não sei se gosto dela, ou me entrego pra ele. Dificilmente irei escolher ela, mas dificilmente irei me entregar pra ele, sabe o motivo? Minha autoflagelação não permite.

Já são 4:30 da manhã, ainda arrisco contar carneirinho, ver filmes de pornografia, ou apenas conversar com amigos da “mídia”, ouvir músicas de todos os tipos, e lá pela 6:00 irei encontrar o sono, mas nele não terá sonhos... Ou pelo menos não irei lembrar.

Nos meus últimos dias de vida, irei querer ser desejado, perder o tempo que me resta para cometer os mais baixos tipos de loucura, me dar à liberdade de ter os prazeres mais sórdidos, e vulgares que possa existir... Mas até lá, tenho certeza apenas de uma coisa, não sou o que deveria ser.