terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Perdendo o dom...




Hoje em dia não sei dizer no que sou bom, ou o que me faz bem. Parece um labirinto sem fim, em que arrumo forças para poder me encontrar todos os dias, e acabo não conseguindo.
Tento encontrar onde estão os meus problemas em cada situação do dia. Na maneira que eu falo, nos meus gestos, até mesmo nos meus pensamentos... Esta lá o incrível ar da insatisfação. Até parece que fui programado para satisfazer a felicidade dos outros, e não a minha.
Há muito tempo atrás, quando ainda brincava de esconde, esconde na rua, dava risadas por motivos claros, àquela adrenalina me projetava aos sonhos, e dos sonhos ao meu futuro. Hoje, sem essa adrenalina, tudo se perde, parece que os dias de paz e comodismo, me levam a retrair tudo para o passado. Ai fico lá, deitado na cama, infestada de papeis recortados em miniaturas, lembrando e repensando... O que fiz de errado para estar aqui?
Já acordei com aquele fôlego de vida, jurando que aquele dia de segunda era o dia de mudança, tudo iria melhorar dali pra frente, lavava o rosto, escovava os dentes, e depois ia diretamente para o Google, pesquisar qual maneira mais fácil de encontrar a felicidade.
Milhares de artigos me apareceram, mas nenhum me apetecia, me realizava me levava ao encontro da certeza. Mas entre muitos, e na linha do mais clichê, porem o mais complicado, eis que surge o famoso critério do amor próprio.
Falar de mim é complicado, não tenho idéia do que seja feita minha personalidade. Assim como todo mundo, muitos tentam afirmar como sou, e do que sou feito, ouvir que sou um cara legal, ou que sou bonito... Me irrita, parece um monte de mentiras, que muitos falam para me agradar, ou por pura educação. É estranho ouvir algo que não acreditamos. Parece um monte de mentiras, ditas para permanecer uma forma tranqüila e formal de se conviver com o outro.
Engraçado, sempre me pergunto se estão mentindo... Na verdade gostaria que fosse verdade, eu? Bonito? Claro que não!
O incrível é que tudo se resume a aparência, não ligamos quando somos chamados de falsos ou promíscuos, mas quando o assunto é nossa aparência, ai ficamos com raiva, expondo todas nossas frustrações, e nos perguntando durante todo o tempo o porquê daquela situação.
Acabei fugindo da proposta do texto, a realidade nos submete a isso. Não irei generalizar, pois muitos não seguem a mesma linha de pensamento, e acabo entrando em contradição com os meus reais pensamentos, e critérios de vida. O que me leva a ser um hipócrita para a vasta lista dos mais um, não sei dizer como será o seu amanhã, ou o que deve fazer para ser feliz, sou bom em conselhos, mas não sei como me auto aconselhar. Ai sim posso generalizar, pois todos nós somos assim... Ver do lado de fora é muito mais simples, fácil de opinar, podendo realizar um grande esboço de argumentos, de que medida devera tomar.
Paras os que entendem e vivem, já entenderam todo esse texto...

Hérick Moreira



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